sábado, 17 de novembro de 2012

Meu Eu intrínseco


Acho que eu me tornei uma pessoa bem diferente do que eu costumava ser. Continuo muito faladora mas falo de coisas corriqueiras, fujo de tudo que tenha carga emocional. Devido aos muitos problemas de relacionamento com familiares e antigas relações, aprendi a guardar tudo pra mim, fechar os sentimentos em baús escondidos de mim mesma. Sou fria. Isso me incomoda pois vejo que as pessoas à minha volta padecem por não conseguirem acessar essa parte de mim. Sou vaga. Tenho sorriso fácil, mas já sinto dificuldades em demonstrar afeição pelas pessoas, nem todos os toques de carinho me parecem bem-vindos. Sei que todos os eventos da nossa vida nos moldam, agradeço por ter me fortalecido com todos os tombos levados mas de alguma forma sei que eles também sufocaram a minha parte sensível . Não choro. Já desisti de chorar para extravasar ou curtir qualquer tipo de fossa. Noutro dia chorei, como foi de raiva, me permiti apesar de ter praguejado logo depois. Se você me perguntar se sou feliz, te direi que sim e realmente o sou, ou pelo menos, acredito nisso. Entretanto, sei que mesmo na minha felicidade singela sou uma construção mais sólida do que eu mesma poderia ou deveria desejar. Nem sempre demonstrar sentimentos é pecado, pena que já não consigo mais me convencer disso.


Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos.
Oscar Wilde

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Nuvens...



Dentro de mim sinto ansiedade. Ansiedade pelo que virá e pelo que deixará de vir. Não sei quando este sentimento tomou conta de mim, mas sei que é tarde demais para livra-me dele. Tenho tantas perguntas, tantas vontades, tantos sonhos que acho que eles crescem mais do que eu posso suportar. São maiores que eu, me ultrapassam. Ter sonhos é o que nos faz seguir adiante mas creio que os meus, às vezes, consomem uma parte da minha energia. Sou demasiadamente preocupada e pensar demais não faz o bem que deveria nessas ocasiões. Tenho perguntas demais, incertezas demais, dúvidas demais. Não sei se distraindo a mente com os acontecimentos corriqueiros estou enganando essa ansiedade ou me perdendo em uma ilusão, já que      
desviando meus pensamentos para o cotidiano nada mais faço que enganar a mim mesma, desviar o foco, tapar o buraco com peneira.
Não sei qual seria a melhor opção a seguir: deixar que minha mente vague pelas esperanças do porvir ou a educar a caminhar apenas por lugares seguros e confiáveis.
Nesses dia assim anda o meu ser nublado, esperando por um raio de sol que o ilumine e acalme nem que seja por alguns segundos....



A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.
Albert Einstein