quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Should I stay or should I go?



Uma pessoa especial me fez perceber que tenho sérios problemas em admitir que preciso das pessoas, em geral... Mas, acho que fui feita pra não precisar de ninguém... Por mais difícil que isso possa parecer, tenho a necessidade de me sentir completa apenas com o que tenho que sou eu, enovelada de eu, como diria Clarice Lispector. Não que eu não sinta falta das pessoas e que elas não me façam bem.
Admito que a minha felicidade só é plena quando estou com a minha família e amigos, contudo sinto uma grande dificuldade em voltar atrás e tentar recuperar o que deixei no passado, por mais precioso que seja. Não que eu não saiba perdoar, mas porque eu realmente não sei admitir que necessito de alguém a ponto de retroceder. Uns chamariam de orgulho, eu prefiro pensar que estou me defendendo de possíveis novas surpresas.
Acredito que nós somos agentes da nossa própria sorte, alegria e felicidade, logo, precisar de alguém pra se sentir completo é algo muito mais intenso do que eu posso compreender. Como admiti acima, percebo que amigos e familiares tornam a nossa vida mais feliz, porém deixar a cargo deles o nosso bem estar não me parece suficiente, precisamos ter total controle sobre nós mesmos e sobre os nossos sentimentos e satisfação pessoal.
Às vezes, gostaria de ser menos crítica quanto a isso, devido a esses parâmetros, me torno muito imparcial quando se trata de dar o braço a torcer e além de perdão, ser capaz de oferecer segundas e terceiras chances. Sei perdoar e não guardar mágoas, mas não sou tão boa em dar essas novas oportunidades, infelizmente.
Talvez com o passar dos anos eu consiga melhorar isso, mas sinceramente, me pergunto até onde eu estaria errada sendo como sou... Será que dando oportunidades para quem já errou com a gente, não estamos dando também chances delas cometerem não só os mesmos erros como erros ainda maiores? Até que ponto estaríamos nós dispostos a sofrer por quem gostamos?
Valeria mesmo a pena sofrer por quem já nos feriu no passado? Sempre leio uma passagem que diz mais ou menos assim: “Todos vão nos decepcionar, só basta escolhermos por quem realmente vale a pena sofrer.” E acredito nisso, mas depois que essas pessoas nos fazem sofrer, até que ponto deveríamos lhes dar a possibilidade de o fazer novamente?
Em alguns poucos momentos, acho que se gostamos de alguém de verdade temos de tentar até o fim, mas ultimamente, na maior parte do tempo não me sinto tão generosa e continuo engessada ao modelo mais tradicional de mim que não tem facilidade em voltar, em vez de prosseguir.
A única coisa que sei e que faz sentido pra mim no momento é que preciso continuar a minha caminhada com ou sem essas pessoas e se um dia nossos caminhos tiverem de se cruzar novamente, isso irá acontecer naturalmente, seja por iniciativa minha ou delas. Essa é a minha verdade atual e a ela tenho me apegado nesse momento da vida....

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Me, myself and I....


Quem sou eu pra mim?
First of all, sou alguém a caminho de algo que ainda não descobri... Sei que preciso seguir e que não devo em hipótese alguma desistir, mas também não sei dizer ao certo a que me destino e o que busco...
Nesse exato momento busco equilíbrio, componente indispensável à vida e que nos auxilia a fazer as melhores escolhas. Por não saber exatamente aonde quero chegar, ainda tenho muitas decisões importantes a tomar.
Parece ser muito fácil adquirir certo grau de equilíbrio, mas não é. Ser equilibrado quando nem mesmo sabemos o que queremos fazer e que rumo seguir é um grande desafio. Manter a cabeça no lugar quando todo o resto parece desabar é um exercício desgastante, contudo muito compensador, visto que, sentar e chorar não são opções válidas. Pelo menos não para mim.
Recuso-me a derramar lágrimas por coisas e pessoas que não valem a pena ou  ainda por problemas irremediáveis. O que não tem solução, solucionado está, já dizia o capcioso adágio. Então, frente ao decepcionante só nos resta equilíbrio e bom humor porque rir ainda é a melhor saída.
Enxergo-me como alguém a procura do seu verdadeiro eu, da sua verdadeira essência. Ajo como se eu precisasse me redescobrir a cada dia, já que mudamos a cada minuto e não há nada mais interessante que nós mesmos sob o nosso próprio ponto de vista. Não há ninguém que possa me surpreender mais do que eu mesma e não existe no mundo ninguém igual a mim.
Ao falar de mim, falo de toda a espécie humana. Cada pessoa é especialmente diferente da outra, mesmo aquelas que são fisicamente idênticas, possuem identidades e personalidades completamente diferentes. E um dos componentes que torna a vida tão mágica é o fato de toda e qualquer pessoa ser, absolutamente, diferente das outras. Pensamos diferente, agimos diferente, andamos diferente e escolhemos destinos diferentes.
Enquanto algumas pessoas se encarregam de decifrar outras e dedicam a sua vida a entender, na maioria das vezes, o ser amado, eu optei por estudar a mim. Nesse estágio da vida, ouço as minhas palavras, reparo nos meus passos, analiso as minhas decisões e, acima de tudo, tenho o meu foco em mim.
Talvez essa afirmação pareça meio egoísta ou narcisista, mas eu posso explicar; quando não temos certeza do que queremos ou esperamos é porque não estamos conseguindo ouvir a nossa voz interior, não estamos devidamente conectados a nós mesmos para seguirmos as nossas próprias vontades. E as respostas às nossas perguntas não estão fora, mas dentro de nós mesmos.
Logo, quando almejamos a novos horizontes e a novas perspectivas devemos nos voltar pra dentro de nós, porque aí alcançaremos o equilíbrio que nos permitirá enxergar claramente o que deve ser feito então. Não adianta querer achar respostas em outras pessoas ou objetos, a fonte do seu equilíbrio é a sua força interior. Buscar a si mesmo é fortalecer-se em sabedoria e, consequentemente, em equilíbrio.


“Escuto o silêncio que há em mim e basta...
Outro tempo começou pra mim agora...”
Ana Carolina

Love


All I want to feel is love…..

Diariamente, lidamos com uma gama de sentimentos como ansiedade, raiva, alegria, espanto e, felizmente, amor. E é nesse último que eu gostaria de fixar meu pensamento. Menos no amor romântico do que no amor cordial, refiro-me,primordialmente,  ao amor a tudo que existe ao nosso redor... Amor à natureza, amor ao próximo, amor ao trabalho, amor à família, enfim, amor à vida.
Muitas vezes vivemos por esperar que circunstâncias sobrecomuns nos aconteçam e hiper interpretamos o valor da felicidade. Digo isso porque acredito que a felicidade está no caminho para a autodescoberta... Sim, ao procurarmos a nós mesmos, em pequenos momentos experimentamos doses de felicidades que só serão percebidas por quem ama. Por quem ama alguém? Também, mas essencialmente por quem ama a si próprio.  Quando somos capazes de amar a nós mesmos somos, consequentemente , capazes de amar a todo o resto, inclusive a nossa própria singela felicidade. Singela, pois está conosco todos os dias, mas nem sempre conseguimos enxergá-la. Acredito fielmente nas afirmações de que a felicidade está nas pequenas coisas e acrescento, está principalmente indo em direção a quem está de braços abertos para recebê-la.
Às vezes, é mais fácil nos apegarmos aos maus sentimentos como o rancor, mágoa, raiva, frustração do que lutarmos para emanar o que gostaríamos de receber: perdão, carinho, dedicação e sobretudo AMOR. Nunca é fácil oferecer bons sentimentos quando os que recebemos passa longe de todo esse ideal de good vibrations. Não concordo com o velho dito popular de “olho por olho e dente por dente”. Acredito, conquanto, no que diz: “O que vai, volta” e se é pra voltar que voltem coisas boas porque de bad feelings já estamos fartos.
Falo de Amor e de Felicidade, pois apesar de serem palavras corriqueiras, às vezes, são tão banalizadas que perdem a sua verdadeira essência.  Algumas pessoas confundem casos ardentes com amor e dinheiro com felicidade, acredito que essas peças possam estar ligadas em algum momento, mas nunca entendidas como sinônimos.
Enxergo amor e felicidade de maneira simples e interligada, visto que, ao amar se é feliz e sendo feliz , automaticamente, se ama. E não há nada que eu admire mais do que o amor, seja ele qual for. O amor é altruísta e mesmo assim traz consigo uma magnitude apenas pelo ato de amar, quando amamos o outro, amamos a nós mesmos.
Por isso, em vez de odiar, amemos. No lugar de esperamos por um torpor de felicidade, agucemos nossos olhos para enxergá-la nas pequenas coisas. Em vez de amar com a intenção de receber mais e melhor, ame a si mesmo e deixe que esse amor envolva as pessoas ao seu redor que, por conseguinte, retribuirão esse sentimento com tanta simplicidade quanto o que você, sem querer, transmitiu.

"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto..."
William Shakespeare