domingo, 28 de agosto de 2011

Sob novas Perspectivas...

"A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente."
                                      Soren Kierkergaard



Em algum momento eu julguei que o mais correto era me importar de menos, considerar menos quem me proporcionava decepções e tristezas, olhar menos para quem não merecia meu afeto, dar menos atenção a quem não fazia jus a tudo que eu fazia ou já tinha feito.
Não acho q eu estivesse totalmente errada, mas acredito que a chave está em me importar MAIS. Focar mais no que me faz bem, olhar para  aqueles que fazem meu dia normal parecer mais especial e, acima de todas as coisas, agradecer muito MAIS por absolutamente tudo que caminha adequadamente na minha vida..
É, indubitavelmente, mais fácil perceber as coisas que nos desagradam e destoam de maneira geral, consequentemente deixamos de notar o que realmente importa que é o que nós já temos.  Nunca teremos tudo, ou as coisas serão abundantemente perfeitas e é necessário que encaremos essa realidade. Sempre haverá pequenas peças fora do quebra-cabeça, mas imagino que olhar para aquelas que o completam em vez das que faltam nos traria maior satisfação e coragem para encaixarmos as que faltam... E ainda assim, talvez nunca consigamos chegar ao final, todavia imagino que o caminho terá sido menos árduo e mais divertido.
Tenho o péssimo hábito de mentalizar o que me falta e muitas das vezes acabo por não enxergar tudo o que tenho e eu preciso dizer: EU TENHO MUITO! Tenho uma família que de tão imperfeita acaba por ser suficientemente perfeita, amigos fiéis e atenciosos que me apóiam nas mais loucas aventuras a qual eu me destino, tenho saúde para correr atrás dos meus sonhos e pretensões... Enfim, tenho mais do que o suficiente para me considerar completa apesar de tudo e qualquer coisa.
Ao olhar pro que está ao meu redor, pude contemplar uma nova perspectiva para encarar a vida nesse exato momento. Por que pensar no que não tenho, perdi ou ainda não alcancei se posso celebrar o que restou, o que me pertence e o que ainda alcançarei?
Sim, parece uma dedução muito lógica, mas infelizmente nem sempre conseguimos  enxergar de maneira clara quando nos encontramos em posição desconfortável ou não ideal. Então, para mim esse “click” foi inquestionavelmente necessário. Sobrepor o que se foi ou não mais será em detrimento do que ainda vai ser e pode ser se eu o assim decidir . Essa, eu imagino ser,  a postura mais adequada a ser tomada e o movimento assertivo na busca pelo xeque-mate do xadrez da realidade atual.
Em suma, houve nesse exato momento uma mudança de paradigma e de atitude com relação à vida que desfruto AGORA porque felizmente a nossa mente está aberta à mudanças 24 horas por dia  e muitas possibilidades ainda podem emergir e inverter total e completamente essa tese “lógica” que teci despretensiosamente hoje e nesse exato momento.

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