Mudança na rotina

 Na última quinta-feira, Natália my "BFF" (best friend forever) veio até a minha casa e fizemos uma mini festa com direito a vinho, batida de maracujá, hamburguer e pastel de chocolate. Como vocês podem perceber, não teve nada de light infelizmente, mas sinceramente precisávamos disso para superar a semana árdua e a conturbada rotina universitária.
 Havíamos colocado todas as nossas esperanças nesse encontro com o "vinho" para relaxar os estresses sofridos. Porém, essa nossa quinta- feira tão divertida ficou com uma carinha de sexta-feira, como se estivéssemos começando ali o tão promissor final de semana.
 Em virtude disso, nosso sábado tendeu a assemelhar-se ao domingo com toda a sua melancolia e monotonia. Mas, e o domingo?  Se a quinta pareceu sexta, a sexta assemelhou-se ao sábado e o sábado foi confundido com o domingo... Como esse domingo foi percebido por nós?
 Bom, esse domingo foi o dia mais longo do anoooo! Como eu havia ressaltado anteriormente, eu não sou fã de domingos, mas esse em particular, me pareceu monótono ao cubo. Tive a sensação de estar num pesadelo longo e sem fim. Fizemos inúmeras tentativas de estudo, Natália no campo estatístico e eu no campo dos textos de produções textuais, aqueles mesmos que me levaram a criar esse meu espaço produtivo. Mas, os estudos não renderam como deveriam, pelo menos para mim, eu me senti tão entediada que mal podia me concentrar à leitura proposta.
 Logo, não tive outra alternativa a não ser buscar uma válvula de escape ou ao menos alguma coisa para entreter esse dia tão sem cor, me rendi às redes sociais Orkut, Facebook, Twitter, Yahoo e me renderia a quantas mais aparecessem. Para ver se, talvez, a interação com os "amigos"  despertasse o sentimento de saciedade, alegria ou algo contrário a tédio. Entretanto, meus amigos estavam tão entediados quanto eu e nada disso funcionou.
 Foi aí então, que me lembrei de algo que me traz imensa felicidade: LER. Isso pode parecer estranho já que eu havia dito anteriormente não ter sido capaz de concentrar-me à leitura e consequentemente ter  fugido para as redes sociais. Verdade, mas não me refiro às leituras acadêmicas, falo de Clarice Lispector em "Sopro de vida". E esse tipo de literatura é absolutamente empolgante. E adivinhem só? Foi realmente ela quem salvou o domingo e me trouxe a tão esperada sensação de estar fazendo da minha vida algo prazeroso e útil.